terça-feira, 17 de novembro de 2015

Profissão Repórter Acre enfrentou a pior cheia em 132 anos 13/03/2015




O Profissão Repórter conviveu com moradores de áreas alagadas.
Em algumas regiões, a cheia é rotina e não altera a rotina da população.
O repórter Estevan Muniz passou quatro dias no maior abrigo para as vítimas da cheia em Rio Branco, a capital do Acre.
Um centro de exposições foi adaptado pra receber 5 mil pessoas. O abrigo funciona em condições precárias, como uma cidade improvisada para atender as necessidades básicas: há uma delegacia para apurar os casos de furto, posto de saúde pra socorrer as centenas de pessoas com diarreia, espaço para cultos religiosos e sessões de cinema para crianças.
A família de Laurindo e Francisca está no abrigo pela quarta vez. O repórter Estevan acompanhou a tentativa de voltar para casa. Quase metade do trajeto de nove quilômetros foi feito com água na cintura.

A repórter Danielle Zampollo registrou o dia a dia de uma família que decidiu não abandonar a casa na cheia. Encontrou alimentos boiando e móveis debaixo d’água. A família dorme pendurada com a água batendo no fundo das redes.
Na hora do almoço, a dona da casa pega umas das galinhas que agora moram no telhado da casa. Ratos e cobras são vistos a toda hora. A repórter Danielle registrou a confusão provocada por uma jararaca que entrou na casa.
Caco Barcellos esteve em Boca do Acre, no estado do Amazonas. Em 2012, nossa equipe mostrou nessa cidade o resgate dramático dos bois de seu Manoel. Três anos depois, ele conta que vendeu tudo que tinha pela metade do preço.
Em Boca do Acre, a água sobe devagar e a população tem tempo de se adaptar. A vida funciona mesmo com a água na altura do peito: homens tomam cerveja no bar, crianças fazem colchão com garrafas pet para brincar na enchente.

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